Tenho na mente, na lembrança
Desde os tempos de criança
Uma pá de história de ouro
Mas uma é triste demais
Pois conta a história de um pai
Que perdeu seus dois tesouros
João Marreco era do gueto
Sujeito puro, homem preto
Tinha um desejo profundo
Casou cedo com Mariela
Nove meses de espera
E dois meninos vêm ao mundo
Em cada braço uma cria
Assim o marreco vivia
Era rico em dar amor
Viraram homens seus meninos
Não sabendo que o destino
Lhe reservava tanta dor
Bem no dia do aniversário
Apesar de ser contrário
Marreco dá a permissão
E seus meninos na cidade
Dezoito anos de idade
Tinha comemoração
O baile era só alegria
Uma briga se inicia
Um dos irmãos pede o final
Não teve chance de resposta
É atingido pelas costas
Por um disparo mortal
O outro irmão sem ver perigo
Sobre o peito do ferido
Outra tragédia se anuncia
Mais um disparo então é feito
Das mesmas mãos, do mesmo jeito
Se repetiu a covardia
Duas vidas, um só amor
Numa festa se iniciou
Como foi triste o seu destino
Numa festa de aniversário
No mesmo dia, mesmo horário
João perdeu seus dois meninos
São duas vidas que nasceram
E ao lado do pai cresceram
Uma lembrança que não sai
Os dois seguiram a mesma sorte
E até na hora da morte
Estavam nos braços do pai
João sem rumo e sem trilho
Vendo de uma lâmina o brilho
Sai no encalço do sicário
E bem na ponte da cidade
Ficou de frente pro covarde
E deu um fim ao seu calvário
Outro disparo foi ouvido
Na ponte dois corpos caídos
João acaba de partir
O assassino não respirava
A lâmina no peito cravada
João: Juiz e carrasco de si
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